A importância da visita pré-anestésica para fortalecimento da relação entre o anestesiologista e o paciente / The importance of the pre-anesthetic visit to strengthen the relationship between the anesthesiologist and the patient

Introdução: A relação entre o anestesiologista e o paciente é, por vezes, subvalorizada em detrimento da relação do paciente com o cirurgião, entretanto, investigar a importância da consulta pré-anestésica é relevante para que se obtenha uma intervenção satisfatória do anestesiologista, sendo esta a temática deste projeto de pesquisa. Objetivo: Avaliar a informação do paciente sobre a assistência do anestesiologista, com ênfase na consulta pré-anestésica. Trata-se de um estudo realizado com pacientes submetidos a cirurgias no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo - SP. O instrumento de coleta de dados foi constituído por um formulário estruturado com questões norteadoras da temática. Resultados: A amostra deste trabalho foi constituída por 39 pacientes, entrevistados com bases em variáveis nominais e com respostas dicotômicas (sim ou não). Os respondentes foram divididos de acordo com a variáveis qualitativas "sexo" e "nível de escolaridade". A média de idade dos entrevistados foi de 54 ± 13 anos, sendo 19 homens (48%) e 16 mulheres (41%) (4 participantes não declararam o sexo nos inquéritos documentais). Conclusão: Os resultados sugerem que as funções do anestesiologista ainda geram dúvidas nos pacientes, especialmente entre os homens, que por exemplo, enxergam o anestesiologista como um instrumentador cirúrgico ou técnico de radiologia, o que também foi verificado nos pacientes com menor escolaridade. Sendo assim, sugere-se que, ao menos no momento da cirurgia, ou mesmo na consulta com o cirurgião e agendamento do procedimento, que a função do médico anestesiologista seja informada ao paciente, de forma que o mesmo possa entender a importância do profissional para a realização de uma cirurgia segura e sem intercorrências. Palavras-chave: Anestesiologia. Avaliação Anestésica. Pré-Anestésica. Pós-Anestésica.

Estilo de vida e autopercepção em saúde no controle do Diabetes Mellitus tipo 2 / Lifestyle and self-perception in health in the control f Type 2 Diabetes Mellitus

Introdução: o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) representa uma doença crônica de elevada prevalência, sendo o estilo de vida responsável pela maioria dos novos casos. Além disso, a percepção que o paciente diabético possui acerca de sua doença atua como fator de proteção. Objetivo: verificar se o estilo de vida e a autopercepção em saúde interferem no controle glicêmico de pacientes com DM2. Metodologia: estudo observacional, transversal e analítico, desenvolvido com pacientes diabéticos de um Hospital Universitário. Os dados foram coletados por meio de um questionário e analisados utilizando o teste qui-quadrado de Pearson ou o teste exato de Fisher, quando apropriado, para determinar associações. O nível de significância foi fixado em 5% (p<0,05). O controle glicêmico foi avaliado a partir dos valores da glicemia de jejum e hemoglobina glicada A1C (HbA1C). Resultados: a maioria dos pacientes era do gênero feminino, tinha 60 anos ou mais, possuía baixa renda e escolaridade. Além disso, eram tabagistas, etilistas e estavam com a doença descontrolada. Foram verificadas associações estatisticamente significantes entre o nível de controle glicêmico e gênero (p=0,003), tabagismo (p=0,004), sedentarismo (p<0,001), escovação dentária (p<0,001) e uso de fio dental (p<0,001). Por fim, a maior parte acreditava haver relação entre DM2 e amputação de membros (90,2%), hipertensão arterial sistêmica (72,5%) e catarata (62,7%). Conclusão: destaca-se a importância do acompanhamento dos pacientes diabéticos e ressalta-se que a autopercepção amplia as possibilidades de acesso aos serviços de saúde. Ademais, os dados obtidos fornecem informações a serem utilizadas para a prevenção das complicações do DM2.

Introduction: Diabetes mellitus type 2 (DM2) represents a chronic disease of high prevalence, being the lifestyle of most new cases. Also, the perception that the diabetic patient has about his illness acts as a protection factor. Objective: to verify if the lifestyle and the self-perception in health interferes in the glycemic control of patients with DM2. Methodology: an observational, transversal and analytical study, developed with diabetic patients of a University Hospital. Data was collected through a questionnaire and analyzed using Pearson's chi-square test or Fisher's exact test, when appropriate, to determine associations. The level of significance was set at 5% (p <0.05). Glycemic control was assessed from the values of fasting glycemia and glycated hemoglobin A1C (HbA1C). Results: the majority of patients were female, 60 years of age or older, had low income and education. In addition, they were smokers, alcoholics and had the disease uncontrolled. There were statistically significant associations between glycemic control and gender (p = 0.003), smoking (p = 0.004), sedentarism (p <0.001), dental brushing (p <0.001) and dental flossing (p <0.001). Finally, the majority believed that there was a relationship between DM2 and limb amputation (90.2%), systemic arterial hypertension (72.5%) and cataract (62.7%). Conclusion: the importance of the follow-up of diabetic patients is emphasized, and self-perception extends the possibilities of access to health services. In addition, the data obtained provides information to be used for the prevention of DM2 complications.